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O Tesouro de Priamo, descoberto em Tróia, na Grécia, em 31 de maio de 1873 por Heinrich Schliemann, possui uma história fascinante. Você sabia?
Levado da Grécia em junho desse mesmo ano por Schliemann, foi em 1881 que a série de objetos de valor inestimável foram exibidos publicamente pela primeira vez, no Museu Etnográfico de Berlim, como doação ao povo alemão.
Algumas das joias do Tesouro de Priamo: ao todo eram mais de 8 mil peças, datadas entre X-IX século a.C. Na última imagem, porção inferior direita, a esposa de Heinrich Schliemann, vestida com as peças encontradas pelo marido, em 1873.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, em 1939 o Tesouro de Priamo foi encaixotado em três diferentes recipientes de madeira. O objetivo era protegê-lo de eventuais saques e evitar que fossem danificados pelos bombardeios. Assim sendo, nos subterrâneos do Banco da Prússia, as caixas ficaram a salvo, até que Berlim foi tomada pela Armada Vermelha, em 1945.
Num acordo com as autoridades soviéticas, o então diretor do Museu Etnográfico de Berlim autoriza o envio do Tesouro de Priamo para o Museu Pushkin, junto com outras obras de arte e objetos arqueológicos. Entretanto, essa nova “casa” seria guardada em segredo e com o passar dos anos o Tesouro de Priamo foi dado como perdido.
Final quase feliz
Em 1987, porém, um funcionário do Ministério da Cultura da Alemanha encontra um documento dizendo: “objetos extraordinários fazem parte do grande tesouro de Tróia, Berlim, Museu Etnográfico”. O ouro descoberto por Schliemann, portanto, deveria estar no Museu de Pushkin – pensou o tal funcionário. E ao contatar o museu russo a resposta foi uma diretora irritada com a insinuação de uma posse indevida.
Dois anos depois, com a queda do Muro de Berlim, em 1991, o Ministro da Cultura Nicolai Gubenco declara de não saber onde se encontrava o ouro de Tróia. Ele poderia estar, mais provavelmente, nas mãos dos Aliados. No entanto, alguns anos depois a história do Tesouro de Priamo ganharia a sua estrada justa. No dia 26 de outubro de 1994, a tal diretora irritada do Museu de Pushkin, Irina Antonowa, recebe três representantes do Museu de Berlim e os leva ao local onde o tesouro se encontrava.
A partir de 2009, cópias das peças mais célebres estão atualmente no Museu de Berlim, mas não se fala em restituição. Ainda mais porque trata-se de um desafeto diplomático entre Alemanha, Rússia e Turquia, que reclamam o direito das peças para si. Angela Merkel, Chanceler Alemã, foi inclusive parte de uma desconfortável situação. À inauguração da mostra “Idade do Bronze: Europa sem Fronteiras”, em São Petersburgo, no dia 21 de junho desse ano, Merkel deixou a cerimônia na qual havia acabado de chegar e onde se encontrava inclusive Vladmir Putin.
A Chanceler foi informada que muitas das peças do Tesouro de Priamo estavam ali exibidas e considerou um erro político estar presente ali naquele momento.
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